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Este artigo foi desenvolvido a partir de experiências de fazeres educativos envolvendo a música afro-religiosa em sala de aula, com base em ritmos praticados em manifestações de diferentes grupos culturais do Brasil. A escolha das religiosidades afro-brasileiras se deu devido a potência educativa que existe no terreiro e que pode ser percebido a partir de uma outra forma de educar que não a tradicionalmente difundida pelo pensamento escolar, especialmente por meio da musicalidade. A proposição com este texto é apresentar caminhos trilhados na escola com aproximações de práticas não escolares de educação, como dos terreiros e casas das tradições afro-brasileiras. Nossa pesquisa e nossas práticas, têm o desejo de superar os fazeres escolares de uma perspectiva de conteúdo ou habilidades, e fomentar a discussão e construção sobre um pensamento coletivo educacional afrocentrado, que acontece no mundo fora da escola, e ampliar essa discussão para dentro dos muros das escolas. As atividades apresentadas neste texto são resultado das atividades feitas em quatro escolas da rede municipal de ensino de Farroupilha, com turmas de oitavos e nonos anos do ensino fundamental, mas o relato dá conta também do projeto de pesquisa desenvolvido desde 2017 com música afro-religiosa em sala de aula nos mais diversos contextos.