Este trabalho, como fruto, mas também enquanto continuidade dos ensinamentos dos ancestres, que em morte ou ainda em vida, nos puderam repassar seus modos de pensar e repensar métodos de ensino e aprendizagem, a partir do campo artístico pelas encruzilhadas como lugar de resguardo de nossa memória ancestral, a partir dos processos de teias da comunicação na contemporaneidade. Logo, as linhas que aqui se tecem, são uma proposta de reflexão a partir de leituras e discussões debatidas no Grupo de Estudos em Escrevivência, coordenado por Conceição Evaristo, titular da Cátedra Olavo Setubal de Arte, Cultura e Ciência do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. E enquanto resultado dos movimentos da autora de repensar e tecer críticas ao seu curso de graduação em Licenciatura em Música, ainda em andamento, pela Escola de Comunicações e Artes, ECA-USP. A autora, através de estudos independentes, mas também a partir das discussões do grupo de Estudos em Escrevivência, reconhece a necessidade do debate e valorização das influências da cultura afro-brasileira em nossa musicalidade como ferramenta metodológica para uma educação musical antirracista.