ABEM, XXVI Congresso Nacional da ABEM

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O trabalho como princípio educativo para uma formação anticolonial nos cursos superiores de música
Álvaro Neder

Última alteração: 2023-10-29

Resumo


Na atualidade, percebe-se, felizmente, uma forte rejeição a problemas como o colonialismo, o racismo, opressões de gênero, sexualidade e outras. Estas discussões chegaram, há um bom tempo, aos cursos superiores de música, envolvendo, também, uma crítica ao ensino conservatorial. No entanto, constatando na literatura a ausência de articulação dessas questões com o mundo do trabalho a partir de um referencial dialético crítico, argumento nesta comunicação que o questionamento ao ensino conservatorial, às modalidades de ingresso nos cursos superiores, e a inserção de práticas musicais subalternizadas nos currículos dos cursos superiores em música deve se dar a partir do trabalho como princípio educativo. O trabalho deveria ser o eixo articulador de uma dialética formativa abrangendo os conteúdos necessários para a inserção dos estudantes de música no mundo do trabalho, as práticas musicais e culturais étnico-raciais constitutivas da formação social brasileira, e a educação para a cidadania (que envolve a compreensão, com vistas à atuação crítica, do contexto sócio-histórico colonialista/ capitalista, fundante das opressões de gênero, sexualidade e outras).


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