O presente artigo é um recorte de uma pesquisa de mestrado que teve por objetivo investigar de que forma o ensino de música se insere como uma das linguagens do componente curricular Artes no currículo dos cursos técnicos integrados ao ensino médio em três campi do Instituto Federal Catarinense. De abordagem qualitativa, a pesquisa utilizou como método o estudo de casos múltiplos. A coleta de dados incluiu pesquisa documental acerca do histórico da educação profissional e do ensino médio no Brasil, através de documentos oficiais que norteiam as políticas educacionais deste nível e modalidade escolar, assim como documentos que orientam a prática pedagógica nas instituições participantes. Entrevistas semi-estruturadas foram realizadas com coordenadores dos cursos técnicos integrados e professores de Artes/música dos campi selecionados. O referencial teórico da pesquisa está baseado na teoria do Ciclo de Políticas proposta por Sthepen Ball e Richard Bowe. Este texto apresenta reflexões acerca da organização curricular do componente Artes, a partir da perspectiva dos professores de Artes/música, sujeitos atuantes no processo educacional, os quais traduzem os textos legais para o contexto onde atuam. As discussões e reflexões apresentadas apontam que as traduções dos textos legais são diversas nos contextos pesquisados, assim como a organização do componente curricular Artes/música apresenta similaridades e diferenças a partir da perspectiva dos professores entrevistados.