ABEM, XXV Congresso Nacional da Associação Brasileira de Educação Musical

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As valsas e os tangos de Chiquinha Gonzaga como repertório didático para alunos de piano
Ana Paula Machado Simões

Última alteração: 2021-10-20

Resumo


Este artigo tem como base pesquisa realizada a nível de doutorado que teve como objetivo investigar as valsas e tangos da compositora brasileira Francisca Gonzaga a fim de identificar suas características composicionais e, principalmente, os desafios técnicos, musicais e de leitura que alunos de piano encontrarão ao estudar essas obras, assim como os benefícios de utilizá-las como material didático. Baseado no modelo de Barrett, McCoy, and Veblen (BARRET; MCCOY; VEBLEN, 1997, p. 77), múltiplas dimensões das obras foram estudadas, tais como sua importância cultural e histórica, e características individuais e comuns entre as peças. Todas as valsas e tangos para piano da compositora foram executadas ao piano pela autora do artigo, analisadas quanto às características pianísticas, e comparadas com peças classificadas em diferentes níveis de dificuldade pela pianista e pedagoga norte-americana Jane Magrath (MAGRATH, 1995). Dessa forma, buscou-se classificá-las em níveis de dificuldade e evidenciar suas características que podem contribuir para a formação pianística de estudantes. Verificou-se que as valsas e tangos de Chiquinha Gonzaga possuem nível de dificuldade entre seis e dez, e apresentam elementos técnicos e musicais que preparam os alunos para um repertório de música erudita brasileiro e estrangeiro de maior dificuldade. Concluiu-se que essas obras são valiosas não só por sua qualidade intrínseca e sua importância histórica, mas também por suas aplicações didáticas, merecendo maior destaque por parte de professores de piano e também pianistas profissionais.


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