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As bandas marciais escolares são espaços educativos que podem possibilitar o acesso ao aprendizado musical aos seus estudantes e, ainda, encaminhá-los a uma possível profissionalização em música. Todavia, nem todos os indivíduos que têm a oportunidade de participar de uma banda escolar decide trilhar tal caminho. Dessa maneira, esta comunicação é um recorte de uma pesquisa qualitativa de mestrado (concluída) com dez ex-integrantes de bandas marciais escolares da cidade de João Pessoa (PB) – que não seguiram estudos profissionalizantes nem carreira na área – cujo objetivo foi investigar suas percepções e experiências a respeito de seus percursos de formação musical. De modo a acessar as histórias de vida desses sujeitos, foram utilizadas entrevistas narrativas e, como complemento de informação, entrevistas semiestruturadas. Os dados analisados mostram que as bandas escolares podem promover experiências afetivas e de interação social aos seus estudantes. Os sujeitos apontaram episódios marcantes e os atuais sentimentos relacionados ao período em que participaram da banda. Todavia, também revelaram algumas insatisfações e limites das práticas educativas desses grupos. Dessa maneira, as experiências e as percepções de cada sujeito sobre seus percursos de formação são subjetivas e, portanto, não podem ser generalizadas. Este estudo espera contribuir para a Educação Musical e para a prática pedagógica de regentes de bandas escolares ao discutir e promover reflexões sobre os possíveis significados desses espaços no percurso formativo de seus estudantes e/ou dos indivíduos que já tiveram a oportunidade de participar.