Última alteração: 2021-10-11
Resumo
Até hoje as músicas das culturas populares brasileiras ocupam uma mínima parte dos currículos dos cursos superiores em música do Brasil. Como, dessa forma, será possível mudar o rumo da formação das novas gerações de professores(as) se elas continuam mergulhadas em ambientes que ignoram as culturas locais, afro-brasileiras e indígenas? O presente artigo pretende trazer algumas reflexões preliminares a partir da experiência realizada durante o Estágio Docente Orientado na disciplina “Tópicos Especiais: Educação Musical para as Relações Étnico-Raciais” do curso de Licenciatura em Música na Universidade Federal da Bahia, que foi oferecida nos semestres de 2020-2 e 2021-1. As aulas foram realizadas com duas turmas diferentes ao longo de 2020-2 e 2021-1, em plena pandemia do covid-19. O referencial teórico foi baseado no Paradigma da Afrocentricidade em diálogo com a narrativa do pensamento decolonial, a partir de autores e autoras como Asante (2016); Bispo (2015); Gomes (2017); Munanga (2013); e Quintero, Figueira e Elizalde (2019).