Este artigo sintetiza conclusões de uma tese de doutorado, cujo ímpeto consistiu em investigar a profundidade do mergulho em processos compositivos de canções, por parte de mestres e aprendizes, em particular o processo de composição de Microcanções CDG (XXXX, 2015). A Microcanção CDG é referida por sua curta duração, em espaço e tempo; mais do que isso, contudo, serve de motor propulsor para desdobramentos musicopedagógicos.  A busca por autores e obras voltadas ao universo da canção infantil, para fins educativos, é exercida, aqui, por intermédio de Pesquisa Exploratória e Bibliográfica, destacando-se a peça O Navio Pirata, para coro infantil a 3 vozes, de Lindembergue Cardoso (1981). Inspirando-se nessa revisão de literatura, o pesquisador compõe uma Microcanção CDG, aplicando-a como modelo num Estudo de Caso – um curso on-line, destinado à formação de professores de Música. Dessa experiência são extraídas ideias, tanto para otimizar o processo de composição empregado, quanto para ajustar a composição-modelo, levando-a a uma Espacialização única, dentre outras tantas possíveis. A maior contribuição desse trabalho consiste em identificar como mergulhar nesse processo para, de lá, emergir com um resultado finalizado e também inspirador, oferecendo-o como resposta ao ímpeto inicial. Define-se, então, que Espacialização é uma circunstância de permissão para se empregar eventos acontecidos e/ou possíveis de acontecer, em um dado espaço e tempo, em Música. Compreendendo isso, é possível revelar um educador-compositor mais experiente e proativo, que se arrisca por ambientes desconhecidos, conduzindo seus aprendizes na confiança de emergirem de lá, todos, com novos modos de (se)expressarem.