ABEM, XXV Congresso Nacional da Associação Brasileira de Educação Musical

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O não-lugar das mulheres instrumentistas na música popular: “Eu sei que tenho que chegar e tocar muito”
Silvia Rocha Costa, Carla Silva Reis

Última alteração: 2021-10-10

Resumo


Considerando o panorama de pouca visibilidade do trabalho das mulheres instrumentistas no campo da música popular brasileira, nos interessa neste trabalho a subversão da tradição, ou seja, a presença crescente, ainda que minoritária, das mulheres na execução de instrumentos em grupos musicais profissionais. Utilizando o retrato sociológico (Lahire, 2002) como dispositivo metodológico, esta pesquisa, em fase de desenvolvimento, apresentará um estudo multicaso sobre a formação musical e atuação profissional de cinco mulheres instrumentistas no campo da música popular em diferentes regiões do Brasil. Em diálogo com a microssociologia e estudos de gênero e música, este trabalho pretende investigar as tensões nas relações de gênero na formação musical das instrumentistas, e também compreender os desafios desde a escolha do instrumento, passando pela trajetória de estudos, até a consolidação de um trabalho profissional em música popular e sua consequente legitimação em seu contexto de atuação. Para esta ocasião apresentaremos um recorte da pesquisa e alguns apontamentos a partir de trechos do retrato sociológico de uma das entrevistadas.


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