A presente comunicação pretende problematizar a validade da implementação do Programa NEOJIBA, representante no Brasil do modelo metodológico-conceitual do programa venezuelano El Sistema, como prioridade em política pública para a educação musical na Bahia. A partir do debate decolonial contemporâneo nos propomos a refletir sobre algumas questões centrais, como por exemplo: a quem serve a manutenção do status quo da música clássica europeia? Hoje, vários críticos e musicólogos estudam a crise nos gêneros e estilos musicais tradicionais do “velho continente” (que aqui chamamos de música clássica europeia), dentre outras várias questões, o público desse tipo de música está envelhecendo, diminuindo a cada década. A estratégia atual para manutenção da música clássica europeia parece ser a aposta na formação de plateia, assim como, de novos músicos a partir da juventude de países em desenvolvimento, através de programas como El Sistema e suas 60 filiais espalhadas pelo mundo (no Brasil, o NEOJIBA).