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Este trabalho apresenta resultados de uma pesquisa conduzida no âmbito da educação superior em música no Brasil, no período de janeiro de 2017 a maio de 2019, contemplando dez importantes universidades do país, duas de cada uma das cinco regiões. Tendo como base a pesquisa mais ampla realizada nesse universo, este trabalho visa discutir e analisar como traços de colonialidades têm se manifestado na educação superior em música do Brasil e de que maneira tal nível de ensino tem ou não dialogado com a diversidade cultural musical do país na atualidade. O trabalho foi realizado a partir de uma abordagem metodológica qualitativa, baseado fundamentalmente em pesquisa bibliográfica e pesquisa documental. Os resultados da pesquisa evidenciaram fortes traços de colonialidades na educação superior em música no Brasil no que tange, sobretudo, à hegemonia da música erudita ocidental produzida na Europa e a manutenção das estratégias de organização curricular que caracterizam tal música. Assim, o estudo mostra que os diálogos entre a diversidade cultural do país e a formação superior em música na atualidade ainda são embrionários e bastante limitados, apesar da existência de poucas iniciativas que propõem rupturas decoloniais nesse contexto.