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Considerando o panorama de pouca visibilidade do trabalho das mulheres  instrumentistas, nos interessa a subversão da tradição: a formação e a recente ocupação, ainda minoritária, das mulheres na condução e execução de instrumentos em grupos musicais profissionais. Utilizando o retrato sociológico como dispositivo metodológico, esta pesquisa apresenta um estudo multicaso sobre a formação musical e atuação profissional de quatro mulheres instrumentistas do campo da música popular oriundas de diferentes regiões do Brasil. Em diálogo com a microssociologia e com os estudos de gênero e música, este trabalho investigou as tensões nas relações de gênero na formação musical das instrumentistas, e buscou compreender os desafios desde a escolha do instrumento até a consolidação de um trabalho profissional em música popular e sua consequente legitimação em seu contexto de atuação