Este trabalho está centrado na educação musical e nas infâncias, e procura estabelecer um diálogo com três profissionais que se dedicam ao ensino e ao fazer musical para/com crianças e que têm se reconhecido enquanto professores-artistas. O diálogo com os artistas e educadores gira em torno de dois eixos principais: o primeiro, acerca da trajetória desses profissionais, de seu contato com o público infantil, e de seu autorreconhecimento enquanto professores-artistas; e o segundo, sobre as concepções de música, infância e criança que os profissionais compartilham, e, as estratégias que utilizam em sua atividade artística, a partir dessas mesmas concepções. Nesta visada, realiza-se uma leitura comparativa das entrevistas à luz da pergunta “Quem deveria ensinar música?”, feita por Murray Schafer (2011), e percebe-se a possível existência de um “saber-fazer” na atuação dos professores-artistas, alimentado por, pelo menos, três elementos importantes: formação, experiência e sensibilidade.