Este artigo aborda o impacto do racismo e da LGBTfobia na educação musical, baseando-se nas experiências de dois alunos de um curso superior de Música. O trabalho surgiu de uma atividade acadêmica que envolveu a elaboração de memoriais pelos discentes, os quais revelaram desafios enfrentados relacionados a preconceitos raciais e de gênero ao longo de sua formação. A análise desses relatos pessoais busca evidenciar como tais formas de discriminação afetam a experiência educacional e profissional na música. A pesquisa identifica barreiras à discussão aberta sobre racismo e LGBTfobia na educação musical, como a falta de conscientização, a resistência à discussão desses tópicos e a falta de representatividade no corpo docente. O estudo ressalta a importância de uma educação musical que valorize a diversidade racial e cultural, evidenciando a predominância de um currículo eurocêntrico e a necessidade de integrar perspectivas diversas. O artigo examina políticas e práticas institucionais relacionadas ao combate ao racismo e à discriminação sexual na educação musical. Além disso, aborda os impactos emocionais e psicológicos do ambiente hostil nas salas de aula, destacando efeitos como marginalização e estigmatização dos alunos. A pesquisa propõe estratégias para transformar as salas de aula em espaços seguros e acolhedores. Em suma, o trabalho destaca a necessidade de uma educação musical mais inclusiva e igualitária, que combata preconceitos e estereótipos. Conclui com um apelo para que educadores e formuladores de políticas promovam uma educação musical baseada em inclusão, respeito e diversidade, apontando seu potencial para impulsionar mudanças sociais positivas na sociedade.

Palavras-chave: Racismo, LGBTfobia, educação musical.