Este relato conta a experiência ocorrida num projeto de extensão universitária em 2021. É feita uma contextualização da luta pelo fortalecimento da música na escola básica e da importância das atividades de extensão nos cursos de graduação para a formação inicial e continuada de professores de música. Uma professora universitária e três estudantes bolsistas narram como construíram atividades remotas voltadas para uma população que necessitava de interação humana durante a pandemia de Covid 19. O Curso de “Percussão Brasileira para uma pedagogia brincante" e o Ciclo de Debates sobre “Música, Cultura Brasileira e Educação” atingiram professores de escolas básicas do Rio de Janeiro e também pessoas interessadas na prática de percussão brasileira que viviam em diferentes estados e até no exterior do país. Os sons das claves rítmicas, da marcação e da condução, presença das origens africanas na música brasileira, foram o fio condutor para desenvolver uma pedagogia brincante, como preconizam Lydia Hortélio e Lucilene Silva. Pesquisadoras da cultura da infância, elas defendem caminhos originais para a educação musical que envolvem atividades transmitidas oralmente através de cantigas, movimentos específicos, práticas de improvisação de versos, etc. Se no início, a prática de vários gêneros parecia importante para a compreensão da diversidade de sotaques regionais para as brincadeiras infantis, num segundo momento foi preferível reduzir o número de gêneros para registrar o resultado de cada um num vídeo “mosaico”. O projeto teve duração de dois anos, dos quais relatamos os primeiros dois semestres neste texto.