ABEM, XXVI Congresso Nacional da ABEM

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Eu e minha cor: racismos e branquitude na trajetória formativa de educadoras(es) musicais
Flavia Maria Chiara Candusso, Antonio Mardson de Oliveira Silva, Lucas Barreto Oliveira, Mezac de Santana Gomes

Última alteração: 2023-10-05

Resumo


Branquitude e privilégio branco são conceitos ainda pouco abordados no campo da educação musical. O presente texto tem como objetivo discutir como a questão racial interferiu na trajetória formativa de educadores(as) musicais. Apoiados em autores(as) que discutem racismos e branquitude como Bento (2020), Cardoso (2014), Batista (2018), dentre outros, os estudantes de uma turma de Pós-Graduação da XXXX foram desafiados a refletirem sobre suas trajetórias formativas à luz desses conceitos. Usando narrativas autobiográficas como metodologia de pesquisa, a turma produziu textos que foram posteriormente analisados. Os resultados apontam que pessoas negras percorrem caminhos de vida cheios de percalços e dificuldades, enquanto na vida de pessoas brancas o acesso à educação, aulas de música, instrumentos flui sem grandes dificuldades. Nos relatos as pessoas pretas marcam repetidamente qual a sua raça, enquanto as pessoas brancas dificilmente expressam este lugar de fala, que é um aspecto típico que caracteriza a branquitude. Estudos sobre estas temáticas se tornam necessários tendo em vista uma educação musical antirracista.

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