A pesquisa, em andamento, investiga o processo de acesso e práticas musicais com estudantes de música em uma escola no bairro do Benguí em Belém/PA. A pesquisa é realizada a partir do Projeto de Extensão “Pacto pela Educação Musical no Pará” - PEMPA/UEPA, que realiza ações musicais em escolas da Rede Municipal. Para a pesquisa, consideramos a abordagem qualitativa e como método a pesquisa-ação. Como aporte teórico dialogamos com autores e autoras que refletem sobre uma educação humanizadora que resista a processos opressores e, por meio da crítica e consciência de classe, se posiciona e luta por uma sociedade mais justa e fraterna. Fundamentaremos a discussão sobre uma educação comprometida, de forma efetiva com o ser humano, em todas as suas dimensões a partir de Freire, (1987, 1992, 1996, 2001) que, em sua Pedagogia do Oprimido, já chama a atenção para o fato de que somente a partir do momento em que os oprimidos descobrem o opressor, e assumem a luta organizada, começam a acreditar em si mesmos, superando, dessa forma, sua “convivência” com o regime opressor. Para Pontual (2019) um dos desafios para os setores progressistas é ocupar contextos que contribuam para a formação de uma consciência crítica da realidade social. Souto (2022) trata sobre uma dimensão da educação musical que questiona, critica e denuncia epistemologias opressoras e abordagens colonialistas que fortalecem o status quo. Nessa perspectiva se situa o presente estudo ampliando o debate sobre uma educação musical marcada por objetivos democráticos, humanizadores, plurais e emancipatórios.