A pesquisa em andamento habita a rede pública municipal de educação infantil para fortalecer e ampliar a formação continuada de professores em educação musical. Toma a “conversa” (SKLIAR, 2011) como metodologia de pesquisa, essa palavra corpo que implica um modo de inquietar-se e indagar-se a partir da experiência de convivência coletiva e disponibilidade à escuta dos outros. Conversar juntos, crianças, pedagogos, acadêmicos e pesquisadores para aproximar percursos narrativos construídos em rede na escola pública, dentro da perspectiva fenomenológica. A pesquisa toca as feituras corporais da infância na tentativa de superação do contato colonizador ao sublinhar a potência transformadora da(s) música(s) na(s) escola(s). Gesto político e pedagógico que ao colocar a música em estado de encontro produz, inventa e compartilha narrativas musicais. Ato de resistência e criação que no percurso de estudos, expõe as fragilidades de nossas democracias e de seus im (previsíveis) direitos prometidos, mas também expõe as produções musicais compostas no tempo de conversações para afirmar a vida e o cuidado com o mundo.[1]

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