Última alteração: 2023-10-29
Resumo
Este artigo refere-se à dissertação de mestrado intitulada “Trajetórias Formativas de Trompetistas: um estudo de caso com três profissionais atuantes no cenário musical de Porto Alegre” onde, através de uma abordagem qualitativa (DENZIN; LINCOLN, 2006) e utilizando o estudo de caso (YIN, 2005; STAKE, 2007) buscou-se compreender como tais trompetistas se formaram ao longo do tempo, em que espaços foram socializados, onde atuam ou atuaram e o que os motivou a seguir na carreira. Como referencial teórico, para trazer luz às reflexões referentes aos processos de formação dos colaboradores, utilizei autores da sociologia contemporânea, tais como Bauman e May (2010), da Sociologia da Educação, Lahire (2015) e Setton (2005, 2009, 2010, 2016) e da Sociologia da Educação Musical, Nanni (2000) e Bozzetto (2015, 2019). A partir dos dados coletados, notou-se que o início da trajetória musical dos trompetistas deu-se através de estímulos familiares com algum parente que tocava ou mesmo com os repertórios que faziam parte da vida cotidiana da família. Revelou-se que, antes de se tornarem trompetistas, o que despertou o interesse foi a música ou as músicas que faziam parte de suas rotinas nos ambientes que estavam inseridos. Nesse sentido, percebeu-se que a família, a banda de música escolar, o conservatório e as experiências profissionais foram espaços socializadores importantes na formação dos trompetistas entrevistados. Esta pesquisa contribui para a reflexão acerca das especificidades do ser trompetista, além de pensar sobre as trajetórias possíveis, trazendo uma visão mais ampla sobre a carreira de músico/trompetista.