Esta comunicação traz reflexões resultantes de duas pesquisas de iniciação científica cujo objeto é a participação infantil, direito das crianças de terem suas vozes ouvidas e consideradas nos processos decisórios. O contexto em foco são aulas de música de estagiários, desenvolvidas em escolas públicas de educação básica da cidade de Florianópolis no primeiro semestre de 2020. As reflexões centraram-se nas especificidades de cada uma das pesquisas: inclusão de crianças surdas em aulas de música e impactos nas trajetórias escolares de crianças e jovens, tendo como objetivo geral discutir a importância da escuta e da visibilização das vozes infantis nessa micro realidade social. Os referenciais teóricos que as fundamentaram se encontram na Educação Musical, em articulações com a Sociologia da Infância e com Estudos sobre Inclusão. O caminho das pesquisas combinou a pesquisa bibliográfica para o estudo da temática da participação infantil com a análise documental para o exame dos relatórios de estágios e Trabalhos de Conclusão de Curso – TCCs que compuseram o corpus investigativo. Como resultados, defendemos que a participação infantil seja uma das dimensões da atuação musical docente, a compor planejamentos de aulas e cursos de professores que atuam com a geração infância, constituída por pessoas de zero a 18 anos de idade. Consideramos, portanto, que participação infantil é um direito das crianças, questão importante a ser debatida no campo da Educação Musical com a finalidade de fomentar tempos e espaços mais inclusivos, participativos e democráticos nas aulas de música.